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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Airbus envia carta para líderes europeus. Pede medidas que impeçam “conflitos comerciais”


A Airbus informou que se juntou a oito parceiros numa carta conjunta dirigida aos chefes de governo da Alemanha, Espanha, França e Reino Unido, apelando a que “sejam tomadas medidas que impeçam o crescente conflito comercial com a China e outros países que se opõem à taxa de carbono imposta pela União Europeia”.

Em comunicado, a Airbus informa que na carta, assinada pela Airbus, Air Berlin, Air France, British Airways, Iberia, Lufthansa, MTU Aero Engines, Safran e Virgin Atlantic, os gestores afirmam que “resposta à taxa de carbono imposta pela UE, as empresas ligadas à aviação estão neste momento a ser confrontadas com acções concretas, que se traduzem em consequências graves para o sector da aviação europeia”.

Em muitos dos países que se opõem à taxa “estão a ser equacionadas novas medidas e restrições às companhias europeias, como impostos especiais e até limitações aos direitos de tráfego”, informa o comunicado, que acrescenta que na China, “as encomendas à Airbus, no valor de 12 mil milhões de dólares, foram canceladas”.

Os gestores acreditam que possam aumentar as suspensões, cancelamentos “e acções de retaliação”, à medida que “outros mercados fortes se venham a opor à taxa de carbono”, o que irá tornar a situação “insustentável para o sector da aviação na Europa”. Os gestores “exigem urgentemente” que sejam feitas consultas ao nível do Conselho Europeu e apelam para que se encontre “uma solução conjunta e cancelar estas medidas de retaliação antes que seja tarde demais”.

“Sempre acreditámos que apenas uma solução global poderá resolver o problema das emissões de carbono da aviação. Esta solução só poderá ser encontrada na ICAO (International Civil Aviation Organization), que nomeou recentemente um grupo de trabalho dedicado a propor, até ao final deste ano, um esquema global para as emissões de carbono da aviação”, afirmam os gestores na sua carta conjunta.

Na carta, os gestores pedem aos Ministros que “usem a sua influência no Conselho da ICAO, com o objectivo de encontrar, o mais rapidamente possível, uma solução aceitável para esta questão, ao mesmo tempo que fornecem à indústria aeronáutica as ferramentas necessárias para tornar isso possível”.

Fonte: Aviação Brasil.

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