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sexta-feira, 9 de março de 2012

Pistas de voo no Piauí são usadas até para vaquejada, alerta comandante

Em entrevista no Jornal Cidade Verde desta quinta-feira (8), o comandante Raimundo Neiva alertou para problemas da aviação piauiense que dificultam o trabalho de pilotos no Estado. Segundo ele, menos de um quarto das pistas do Piauí não são homologadas, mas os problemas mais graves seriam a falta de pontos de abastecimento e pistas com balizamento noturno. Até vaquejada já teria acontecido em local que deveria ser reservado apenas para pouso e decolagem de aeronaves.

Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com

O assunto voltou a ser destaque após a tragédia da última terça-feira (6) no Sul do Piauí, na qual três pessoas morreram após a queda de um monomotor, entre elas o ex-deputado estadual e conselheiro do Tribunal de Contas Xavier Neto.

Com 36 anos de aviação e 10.500 horas de voo, o comandante conta que o Piauí possui entre 100 e 110 pistas, sendo dois aeroportos (Teresina e Parnaíba) e o restante aeródromos. De todo esse número, apenas 24 possuem homologação. São 18 pistas privadas e seis públicas.

As pistas não homologadas não possuem plano de voo aceito pela aviação brasileira, o que dificulta a procura por uma aeronave em caso de acidente. Além disso, o seguro não cobre em caso de acidentes.


No entanto, para o comandante, existem outros problemas que seriam mais graves que a falta de registro. "Essas pistas não homologadas em alguns casos podem até ser melhores que as pistas homologadas. Entretanto, é vedada a sua utilização por algum impedimento técnico ou burocrático", explica.

Animais na pista ou o uso para fins diversos podem representar risco em aeródromos. De acordo com Raimundo Neiva, trânsito de carros, utilização como pista de corrida e até vaquejadas são atividades já realizadas em aeródromos do Piauí.

Outro problema é a falta de postos de abastecimento - apenas em Teresina, Parnaíba e uma pista particular. Poderiam ser quatro, se em Bom Jesus não tivesse sido desativado. "Isso é muito mais grave que a questão burocrática e a questão técnica de homologação de pistas", acrescenda o comandante. Além disso, faltam locais com balizamento para voos noturnos - cinco em todo o Piauí, sendo dois não homologados.

Para o experiente comandante, a solução do problema deve partir da decicação maior de prefeituras e órgãos envolvidos na aviação.
cidade verde

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