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quarta-feira, 28 de março de 2012

Gol voará menos para cortar custos





A Gol Linhas Aéreas vê necessidade de reduzir de 80 a 100 voos diários entre março e abril, e esse movimento de “racionalização” implicará em uma redução de custos fixos, como a diminuição do número de funcionários por meio de licenças não-remuneradas e demissões voluntárias, afirmou o presidente da companhia, Constantino de Oliveira Junior.

De acordo com o executivo, a redução, que será na proporção de 80% para vôos da Gol e 20% de vôos da Webjet, será em viagens noturnas e não implicará na descontinuidade de nenhuma rota.

Os voos que serão retirados da malha representam cerca de 8% dos voos diários, visto que a companhia, incluindo a Webjet, realizou entre 1.100 e 1.150 voos por dia entre janeiro e fevereiro.

Segundo o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Junior, a empresa irá promover licença não-remunerada e demissão voluntária (Foto: MARCIO FERNANDES/AE – 17/10/2011)

“Você pode perceber no quarto trimestre pressão nos custos de combustível, tarifas aeroportuárias, variação cambial… e no momento em que passou a existir essa pressão, principalmente sobre os custos variáveis, nós nos vimos obrigados a revisar a malha… e nessa revisão nós enxergamos a necessidade de reduzir em torno de 80 a 100 voos diários”, afirmou Oliveira a jornalistas em teleconferência nesta terça-feira.

“E todo esse movimento que tem sido feito em relação a licença não-remunerada, demissão voluntária, vem no sentido de adequar a essa nova realidade da companhia”, prosseguiu Oliveira, afirmando que não é possível divulgar números porque o processo ainda está em andamento.

Previsão frustrada
Segundo o executivo, a companhia tinha expectativas para o crescimento do mercado doméstico e premissas macroeconômicas, como o de crescimentos do PIB e preço do petróleo, que não se concretizaram, o que levou à decisão de reduzir a quantidade de voos, que não serão concentrados em nenhuma região brasileira.

“Nós entendemos que o movimento de racionalização da malha implica também em uma redução do custo fixo para que não haja nenhum impacto no Cask ex-fuel (custos que excluem combustíveis). Essa redução se dá exatamente nos voos que não apresentam uma receita satisfatória, a receita não é suficiente para compensar o custo variável”, disse Oliveira

Ele afirmou ainda que essas reduções foram planejadas antecipadamente, e que não devem haver mais medidas como esta para garantir a rentabilidade da companhia neste ano.
Para Oliveira, não é possível afirmar que a Gol “errou” no seu planejamento de voos e na contratação de funcionários.

“É uma mudança de visão e não dá pra atribuir essa mudança de visão a um erro. O erro seria a gente permanecer com problemas, permanecer com voos dando prejuízo pra companhia e talvez comprometendo a sobrevivência da empresa. Eu diria que houve uma mudança no cenário macroeconômico, de patamares, e nós estamos nos ajustando a essa mudança.”

Além disso, o presidente da Gol afirmou que todos as estimativas da companhia aérea para o ano estão mantidas.

Carolina Marcondes — Agência Estado.
Fonte: Estadão - JT.

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