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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Governo ameaça punir sindicatos para evitar Cáos aéreo


Aeronautas e aeroviários não chegaram a um acordo com as companhias aéreas, ontem, em reunião no Ministério Público do Trabalho (MPT) para evitar a paralisação do setor a partir de amanhã.

O Ministério da Defesa avisou que vai endurecer em caso de greve no setor por considerar que esta é "uma questão de interesse nacional". O ministro Nelson Jobim determinou que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) dobre os esforços na fiscalização das companhias aéreas e já avisou que, se houver tumulto nos aeroportos, os sindicatos receberão multas pesadas.

Para isso, o governo já tem pronta, em mãos, para ingressar na Justiça a qualquer momento, uma medida cautelar para punir os representantes sindicais das categorias. Na visão do Executivo, eles estão fazendo "terrorismo" porque sabem que os prejudicados serão terceiros. O governo quer evitar um novo caos aéreo, o que deixaria uma marca na gestão Lula justamente em seus momentos finais. O ministro da Defesa tem reiterado que é preciso garantir o direito dos passageiros de voar.

Segundo o procurador-geral do Trabalho, Otavio Brito Lopes, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) mantém plantão para julgar qualquer medida cautelar que possa ser impetrada pelo governo ou por outra parte prejudicada. "É óbvio que uma greve amanhã vai causar inconveniências para a sociedade, mas há o compromisso dos trabalhadores de que a paralisação, assegurada constitucionalmente, ocorrerá dentro da normalidade."

Os aeronautas exigem um reajuste de 15% e os aeroviários, de 13%, mas a proposta apresentada pelos empresários é da correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que é de 6,08%, mais meio ponto porcentual de ganho real, o que resulta em 6,58%.

O consultor do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), Odilon Junqueira, disse que a proposta de aumento salarial de 6,08% foi a "única possível", mas os empresários também propuseram antecipar um novo reajuste para maio de 2011. "Não podemos deixar a sociedade refém de uma situação como essa." Já o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Marcelo Schmidt, disse que a proposta apresentada pelos empresários foi uma "provocação".
O Estado de S. Paulo.

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