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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Embraer pedirá ajuda ao BNDES para comprar jatos em 2011


SÃO PAULO - Com o mercado internacional de capitais ainda em fase de recuperação lenta e gradual da crise financeira que assolou o mundo , a Embraer espera contar novamente com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no próximo ano, para driblar a escassez de linhas de financiamento a companhias aéreas que planejam comprar seus jatos.

A expectativa é que em 2011 o percentual de financiamento a jatos comerciais pelo banco fique pouco abaixo dos 55% registrados em 2010 (o equivalente a US$ 1,4 bilhão). O patamar é bastante superior aos 25% financiados desde 2004, quando a Embraer começou a vender seus E-Jets.

"Não vamos voltar aos 25% no ano que vem. Vai ser por volta do que foi este ano, com a tendência um pouco para menos", afirmou o vice-presidente executivo para o mercado de aviação comercial, Paulo César de Souza e Silva.

"A crise ainda existe no mercado financeiro, nos bancos que financiam aeronaves, mas gradativamente - as linhas internacionais de financiamento - estão voltando", disse. Apesar da recuperação gradual das linhas internacionais, a tendência é que os bancos de fomento reduzam sua participação nos financiamentos e as companhias aéreas recorram mais ao mercado, avalia Silva.

"A tendência é que daqui para frente as ECAs [Export Credit Agencies] em geral, e não só o BNDES possam reduzir a participação nos financiamentos, com o mercado passando a ter uma fatia um pouco maior, mais em linha com o que foi nos anos anteriores", declarou.

Segundo o especialista, são esperadas para este mês de dezembro mudanças nas regras de financiamento governamental de aeronaves comerciais, no âmbito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

"A mudança básica é que as taxas [de financiamento de bancos oficiais] serão reajustadas para um pouco mais próximo do que o mercado pratica", afirmou.

"Isso vai fazer com que as empresas que venham a utilizar o financiamento oficial sejam as que realmente precisem, porque não têm alternativas de mercado. Hoje, muitas empresas utilizam o financiamento oficial porque é mais barato", disse.

Para Silva, as medidas não serão negativas para a Embraer. "Não prevemos dificuldades maiores, pois a regra vai ser igual para todas. Achamos que ela não vai nos impedir de sermos competitivos", comentou.
dci

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