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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A aviação brasileira como nunca civil!


Ao tentar concatenar os acontecimentos à minhas ideias, durante a composição deste texto, por várias vezes me vi obrigado a refazer alguns parágrafos. Primeiro porque me faltou compreensão do que se propõe a nova Aviação Civil Brasileira. Como sempre, procurei por uma imagem análoga e adotei um pintinho de galinha como símbolo da categoria. Galinha voa? Pois ao que me parece a Aviação Civil Brasileira não tem também a pretensão de alçar longos voos, ou pelo menos de voar como as grandes águias. Não vi uma manifestação sequer do setor empresarial em prol da modernização do conceito ATC/ATM brasileiro como se aviões voassem sozinhos. Ao fixar o olhar no próprio umbigo, o transporte aéreo como um todo, não precisará chegar até a Copa do Mundo de 2014 para comprovar sua ineficiência, ineficácia e antipatia perante a opinião pública. Preferir o "status quo" do ATC como forma de mascarar as justificativas para os "apagões" causados por overbooking, estouro de escala de crew, aeronave com manutenção preventiva atrasada, etc, não me parece uma estratégia sensata, muito menos segura. Em breve teremos notícias.

A aviação civil de um país continental como o Brasil não voará bem se não tiver um serviço de controle e gerenciamento aéreo de qualidade, com profissionais competentes, selecionados, preparados e engajados num processo de constante aprimoramento. A continuar por essa rota a malha aérea brasileira continuará sofrendo em mãos inábeis, amargando receitas negativas que irão reeditar histórias como a Panair, Real, Cruzeiro, Vasp, Transbrasil, Varig e outras que já se ajeitam medrosamente nos poleiros para transpor a cerca do galinheiro.

Não esperem que um simples agente que mal sabe separar um avião do outro, rezando para que o acaso não congestione seu setor, possa dar eficiência, economia, rapidez, e principalmente segurança ao voo. Dele, salvo raras exceções, só se pode esperar o servilismo castrense, pois o seu grau de servidão é que pontuará a ficha de avaliação que o fará “progredir” na carreira.

Não falo em desmilitarização, mas falo sim de uma profissão cuja preocupação basal deveria se fundamentar na busca pela excelência e não por S. Excelência. Ainda que continue sob a batuta militar, não seria interessante rever a estrutura da carreira?

Já usei algumas vezes uma citação que deveria traduzir fielmente o pensamento da Força Aérea Brasileira que diz - “A hierarquia deve existir para definir níveis de decisão, mas nunca para afastar aqueles que vivem sob o mesmo juramento”. Esse pensamento seria uma afronta às autoridades não fosse dito pelo próprio Patrono da Força Aérea, o Marechal do Ar Eduardo Gomes!

Se por um lado a nova Aviação Civil já ensaia seus primeiros passos para fora do ninho, por outro, o ovo galado do ATC/ATM Civil dá mostras de que pode gorar. Sendo assim, enquanto as coisas não acontecem de fato, o melhor a fazer é formalizar parâmetros de segurança que salvaguardem o ATCO das fraquezas do sistema, pois no caso ATC, se observarem, o pinto ainda está dentro... do ovo.
celsobigblog

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