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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Mulheres se destacam pilotando voos comerciais: TAM e Gol têm 47 em seus quadros e outras 10 em treinamento

RIO - "Senhores passageiros, aqui quem fala é o comandante..."

Como é de praxe, os voos comerciais começam com a apresentação protocolar do piloto, pelo sistema de alto-falantes. A bem da verdade, a maioria dos passageiros pouco presta atenção na voz masculina que dá as boas vindas da tripulação. Mas essas mensagens andam causando sensação, principalmente em voos de longa distância, quando lidas por uma delicada voz feminina, como mostra reportagem de Laura Antunes. É quando os passageiros se dão conta de que a aeronave será pilotada por uma mulher - algo pouco comum até um passado recente. Os aeroportos cariocas Tom Jobim e Santos Dumont então entre as rotas mais usadas por essas aeronautas, a bordo de modelos Boeing, Airbus e Embraer.

- A reação é engraçada. No fim do voo, quando me despeço dos passageiros na porta da aeronave, é comum pedidos de fotos comigo. As passageiras me cumprimentam e se dizem orgulhosas. Os homens também me parabenizam, mas alguns completam com comentários, como: "Comecei o voo com medo, mas adorei. Parabéns. Voaria de novo" - diverte-se a comandante Karina Buchalla, de 31 anos, que pilota modelos Airbus da TAM, em rotas nacionais e internacionais, e que pelo menos uma vez por semana passa pelo Rio.

Brasil teve a 1ª mulher comandante nos anos 80

Ainda é uma profissão predominantemente masculina, mas TAM e Gol, por exemplo, mantêm 47 mulheres em seus quadros de pilotos e co-pilotos e, pelo menos, outras dez estão em treinamento. Elas representam ainda apenas em torno de 1% do número total de pilotos e co-pilotos das duas companhias, mas as empresas Azul, Web Jet, Ocean Air e Trip, que operam em rotas domésticas, também já abriram as cabines de suas aeronaves às mulheres.

- O Brasil teve a primeira mulher comandante nos anos 80, voando pela Vasp. Nos anos 90, havia outras na Varig e na Transbrasil, mas com a extinção da Vasp, na mesma década, houve uma dispersão dessas profissionais. Não é uma novidade a presença de mulheres na aviação comercial, mas, no momento atual, o mercado está em pleno crescimento novamente para essas profissionais - diz o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, comandante Gelson Fochasato.

Na prática, piloto e co-piloto operam igualmente os instrumentos da aeronave. A diferença é que toda a responsabilidade sobre o voo cabe ao piloto, que assume o comando total em emergências. Passar de uma função para a outra está previsto no plano de carreira, com base no número de horas de voo.

o globo

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