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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Comissário de bordo: uma carreira de desafios e oportunidades


Há tempos o Brasil ingressou definitivamente no mapa da aviação global. Veja o que é preciso para ser um comissário de bordo, uma das carreiras mais promissoras do mercado aeronáutico

Atender pessoas de diversas culturas é uma das características do trabalho de um comissário

O dicionário Michaelis atribui o seguinte significado para a função de comissário de voo: “Nos aviões, serve as refeições aos passageiros e lhes presta assistência a bordo”. No entanto, ser um profissional dessa área vai muito mais além do que essa simples descrição. Cada vez mais, essa função foge de todos os padrões de um trabalho normal e envolve paixão pela aviação glamour e prazer em servir. Tudo isso permeado por uma história de 80 anos.
As mulheres, sempre presentes na consolidação de momentos históricos, não fizeram diferente no mundo a

eronáutico: em 1930, a enfermeira Ellen Church, com imensa paixão por aviões e sem poder pilotar um por ser mulher, teve a ideia de reivindicar para a Boeing Air Transport que enfermeiras embarcassem para cuidar dos passageiros.

As candidatas à nova profissão tinham que possuir alguns requisitos, dos quais ser solteira e não ter filhos eram primordiais. Além disso, tinham que ter determinados peso e altura, compatíveis com os aviões comerciais. As exigências eram muitas; os salários, muito baixos.
Felizmente, a profissão foi crescendo (e o salário também), ainda mais no momento da Segunda Guerra Mundial, que gerou a necessidade de mais enfermeiras nos campos de batalha, fazendo com que as companhias contratassem candidatas com nível superior.


Como se tornar um comissário

O esforço vale a pena para quem quer seguir a carreira. O curso dura de 4 a 6 meses e é mais barato que muitas faculdades. Somente neste ano, foram formados mais de 780 comissários e comissárias. Os alunos têm diversas aulas práticas e teóricas e aprendem desde etiqueta até sobrevivência na selva, que geralmente é uma das partes mais difíceis do treinamento. Também são ministradas noções de medicina, primeiros socorros e combate a incêndios.
Para quem quer ingressar na carreira, não é preciso possuir experiência anterior ou outro idioma. Segundo dados da Anac – Agência Nacional de Aviação Civil -, o candidato ou candidata precisa ter 18 anos, ensino médio completo e deve freqüentar uma escola de aviação certificada pela agência reguladora.
A carga horária mínima de aulas são 138 horas e, quando aprovado, o aluno tem que passar por uma banca de exames da Anac. Se for classificado, já poderá entrar em uma companhia, onde receberá um treinamento sobre a aeronave que prestará serviço.
A empresa deve oferecer estágio em voo de 15 horas, sendo que uma hora será para o exame prático, que é aplicado por profissionais credenciados Anac. Comprovado o estágio e dada a aprovação no exame prático, a empresa solicitará na Anac ou nas unidades regionais a emissão da licença e do Certificado de Habilitação Técnica do novo profissional que, a partir daí, poderá desempenhar a função no mercado de trabalho.

A carreira no mercado atual e oportunidades

O crescimento significativo que o segmento da aviação tem obtido, mesmo passando por alguns processos de “turbulência”, gera inúmeras oportunidades para quem quer ingressar na carreira. Com o aumento das frotas das companhias aéreas, sempre é necessária a contratação de comissários para a equipe de tripulação. Portanto, emprego é o que não falta para essa área bem remunerada.
Em um bate-papo exclusivo com o nosso site, a comissária e instrutora internacional de voo da Wings Escola de Aviação, Vaneilan Lima, fala sobre a profissão e dá algumas dicas para quem quer ingressar na área:

AVIÃO REVUE: Como começou a sua carreira de comissária?

Vaneilan: Desde criança este era o meu sonho. Não entrei na profissão de imediato, comecei trabalhando na área de check-in nos aeroportos. Foi então que surgiu a oportunidade de fazer o curso de comissária. Em pouco tempo, consegui uma colocação na área. Já estou na carreira há 10 anos e me sinto feliz e realizada.

AVIÃO REVUE: O há de mais encantador e diferente nesta profissão?

Vaneilan: Sem dúvida, a oportunidade de conhecer pessoas, culturas e países diferentes. Você aprende a lidar com povos de todo o mundo, se adapta aos costumes delas na hora de atendê-las. Além disso, pude proporcionar experiências de viagens à minha família e considero a profissão muito bem remunerada.

AVIÃO REVUE: Quais são as suas dicas para quem pretende ser comissário de voo?

Vaneilan: O primeiro passo é buscar uma escola de aviação com gabarito, boa colocação e que tenha formado profissionais que estão na área. Dedicar-se a um idioma também é interessante, pois gera a oportunidade de fazer voos internacionais. O mais importante para ter sucesso é fazer aquilo que gosta e não desistir do sonho da carreira, pois é um trabalho de muito reconhecimento.

avião revue

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